segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O DESMONTE DA UESPI NO GOVERNO W. DIAS


O ranking do Enade 2009, divulgado no final de semana pelo
Ministério da Educação, deixou o Piauí nos dois extremos: o IFPI
(Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí), ex-Cefet, está entre os melhores do país, com seu curso de Tecnologia de Alimentos, e a Uespi figura entre as piores instituições de ensino superior de todo o Brasil, com seu curso de Pedagogia, Campus de São Raimundo Nonato.

Como se sabe, o Enade tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências. Em outras palavras, avalia o desempenho das instituições de ensino superior.

A nota máxima alcançada pelo IFPI reflete o empenho da instituição, ao longo dos anos, na busca da excelência de seu ensino, esforço acentuado, sobretudo, na gestão do seu atual reitor, professor Francisco das Chagas Santana, um ex-aluno da instituição que tem dedicado toda a sua vida à escola. Nos últimos anos, a instituição vem passando por uma verdadeira revolução, expandindo-se de forma vigorosa.

Já o triste e vexatório resultado alcançado pela Uespi resulta da desenfreada política de desmonte da instituição, iniciada há quase sete anos. No governo Mão Santa, a Universidade Estadual consegiu um alto quantitativo esplendoroso.


Mas o atual governo, desde o seu início, deu andamento a um projeto para encolher a instituição, a pretexto de elevar a sua qualidade. Como a excelência do ensino não passou da retórica, o resultado aí está: a Universidade Estadual do Piauí conseguiu a proeza figurar entre as piores colocações no Enade.

A Uespi não aprendeu, infelizmente, a lição do IFPI: é possível crescer com qualidade.

(Por Zozimo Tavares)