sábado, 20 de fevereiro de 2010

Mão Santa defende sucessão natural no DF e fazx apelo a Lula pela implantação da Universidade do Delta, em Parnaíba

O senador Mão Santa (PSC-PI) defendeu nesta sexta-feira (19) o respeito à cadeia sucessória "natural" na hipótese de afastamento definitivo do governador José Roberto Arruda, contra quem deve ser aberto processo de impeachment. Pelas regras constitucionais, lembrou, o posto deve ficar com o vice-governador, Paulo Otávio, lançando-se mão, na sequência, se necessário, do nome do presidente da Câmara Distrital e do titular do Poder Judiciário em Brasília.

No pronunciamento em Plenário, Mão Santa também recomendou que o presidente Luiz Inácio da Silva não desse ouvido a eventuais conselhos de "aloprados" de seu partido para apoiar a tese de intervenção federal no Executivo de Brasília. Ele aproveitou para lembrar episódios da história do país, em momentos crise, em que prevaleceu a cadeira sucessória natural. Um dos exemplos foi a posse do vice-presidente Café Filho, após o suicídio de Getúlio Vargas, que só deixou o cargo após a eleição de Juscelino Kubistchek. Segundo ele, os "aloprados" também tentaram estimular o então presidente a tentar a permanência no posto por mais um mandato.
- Tem o caminho da lei, pregado pela Constituição, e nos compete lembrar esse caminho. Então, queremos pedir a Lula que não perca tempo com isso e ajude o Piauí - clamou ele, chamando a atenção do presidente para problemas em seu estado.
O apelo foi para que o presidente Lula apresse a implantação da Universidade Federal do Delta do Parnaíba, por desmembramento da Universidade Federal do Piauí, proposta já aprovada em lei. O senador observou que muitos estados brasileiros já foram contemplados com mais de uma universidade federal. A instalação, como disse, vai beneficiar alunos do seu estado e também do Ceará, carentes de mais oportunidades educacionais. A atenção federal para que a universidade do Delta seja implantada tem sido uma reclamação repetida de Mão Santa da tribuna do Senado.
Fonte: Ag. Senado