segunda-feira, 7 de junho de 2010

Deu no Banda Larga...

O estranho caso do desaparecimento dos sindicalistas do Piauí
Outro dia tratamos aqui sobre o sumiço dos sindicalistas do Piauí. Eles são peça fundamental para o aprimoramento da nossa democracia. Em passado recente eram eles que faziam manifestos contra abusos do governo. Eram eles que denunciavam os excessos, mostrando a ferida da corrupção no serviço público ou então apontando o que precisava ser melhorado para que a sociedade pudesse ser melhor atendida. De fato, os sindicalistas andam sumidos. Não se ouve mais falar, por exemplo, em Inácio Schulk, o combativo “Alemão”, presidente do Sindicato dos Previdenciários, que decidiu entrar em área de sombra depois que seu amigão do peito, o Lula, chegou ao governo do país, ou então que seu ex-colega de sindicalismo, Wellington Dias, assomou às escadarias do Palácio de Karnak.
Quanto, afinal, vale a determinação de um governante?!
Quanto vale a determinação de um governante? Pelo visto, pouco ou quase nada. Principalmente quando este governador quer ser reeleito a qualquer custo. Ao tomar posse, o governador determinou que fossem cancelados os contratos de carros alugados. Depois, diante da reação intramuros em seu governo, recuou e falou que seria apenas uma suspensão para exame das necessidades e posterior correção de rumos. Carros de luxo e tracionados seriam substituídos por carros leve e de menor valor no preço da locação. Sua ordem foi cumprida? Claro que não. Os veículos de luxo, como Hillux e outros tipos de caminhonetes, permanecem. Por elas paga-se valores astronômicos. A Secretaria de Administração afirma que nem tanto. Mas a reclamação procede. Bastante ver as supostas inaugurações no interior do estado.
Carros de luxo ainda fazem parte da frota de ''alugados''
Em abril, logo que tomou posse, o governador Wilson Martins determinou que fossem cancelados os contratos de locação de veículos pelo governo, que foram considerados por ele um verdadeiro absurdo. Foi um momento repleto de informação e de contra-informação. Entenda-se que a contra-informação é a arma do governo para tentar colocar ainda mais sombras a uma situação gravemente sombria como este episódio dos carros alugados. Foram divulgados valores diversos para os contratos, menos o que venha a ser a mais legítima expressão da verdade. Até hoje não se sabe quantos carros eram (ou são) alugados. Até hoje não sabe ao certo quais valores foram (ou são) empregados no pagamento destes contratos. O que se sabe de certeza é que a “farra” continua – para felicidade geral da nação governista.
Gestão anterior fracassou em atender demandas de piauienses
O governador Wilson Martins é tido pela maioria como herdeiro de uma gestão fracassada e incapaz de atender a sociedade em seus mínimos reclames. Tanto que o estado, nos últimos sete anos e tanto, se dobrou aos interesses políticos de um governador e seus partidários. Eles impuseram uma falsa aprovação constatada em supostas pesquisas e agora tentam impor resultados eleitorais que em momentos anteriores da história foram repudiados. O chefe do executivo pode até não enxergar, mas se isso acontece é porque ele não quer. A máquina administrativa, em si, representa média de 30% dos votos em qualquer situação. Mesmo um candidato ruim conseguiria assimilar tal performance se estivesse investido das condições de governo.

Wilsão é acompanhado, em sua movimentação, pela sociedade
O governador Wilson Martins está em difícil situação junto ao eleitorado por causa da sua obsessão em se reeleger nem que para isso tenha que passar por cima de princípios e valores que são caros ao cidadão mediano. Ele pode até pensar que não, ancorado pelos seus auxiliares que a todo momento o instigam a continuar na mesma postura, mas a população está vendo tudo o que se passa porque os bastidores da movimentação política são área de interesse muito grande para toda a sociedade, do mais simples ao mais graduado. Determinadas notícias publicadas em veículos de comunicação de feição oficialesca são repudiadas pelo cidadão comum, causando-lhe verdadeira ojeriza, ao invés de estabelecer o objetivo de passar a imagem de governo atuante.
Governo passado contou com R$ 1 bilhão para obras em estradas
O ex-governador Wellington Dias, pensando apenas em ser senador, espalhou um sem número de canteiros sem o menor planejamento e sem recursos para conclusão de tais obras. Ele quer se firmar, na história, como o governador das estradas. Vai ficar conhecido como “o governador das estradas inacabadas”. O pior de tudo: foi gasto muito dinheiro em todo esse teatro do absurdo. Muito mais do que se possa imaginar. Foram utilizados R$ 150 milhões, em média, em verbas da CIDE (imposto dos combustíveis) que foram repassados ao estado desde 2003; e foram empregados também cerca de R$ 850 milhões obtidos através de empréstimos ao BNDES e Banco do Brasil no ano passado. O dinheiro se esvaiu e nenhuma instituição de direito se manifesta no sentido de cobrar a responsabilidade do ex-governador.