domingo, 6 de junho de 2010

Paes Landim e Ciro voando nas asas do dinheiro público

Nos cinco primeiros meses do ano, os deputados federais gastaram R$ 1,8 milhão em aluguel de aviões. Entre os pi-auienses os mais gastadores são os deputados José Francisco Paes Landim que gastou R$ 36,6 mil e Ciro Nogueira Filho que gastou R$ 35,1 mil. O partido de Ciro Nogueira, o PP, foi o segundo que mais em despesas com aluguel de aviões no valor de R$ 325 mil. Todos os parlamentares piauienses gastaram R$ 96 mil, sendo que somente os deputados Paes Landim e Ciro Nogueira gastaram R$ 71,7 mil. O levantamento foi feito pelo jornal Correio Braziliense, com base em dados da Câmara dos Deputados.

Os deputados têm ainda verba para alugar escritórios no estado, para pagar as despesas com telefone, com con-sultorias e assessores. Além disso, os deputados federais têm ajuda de custos para fretar aeronaves, o que contribui muito na campanha eleitoral. Alguns parlamentares no Piauí têm suas próprias aeronaves. Como o deputado Ciro Nogueira que tem um helicóptero.
Nos cinco primeiros meses deste ano, Ciro e Paes Landim gastaram R$ 71,7 mil desta verba para voar. Os gastos devem aumentar este mês de festas juninas e pré-campanha eleitoral. Os aviões fretados, inclusive, durante a campanha são bancados pela Câmara Federal.
Segundo o Correio Brazili-ense, o maior proveito será mesmo no período de campanha eleitoral, quando eles poderão percorrer as suas bases eleitorais nas aeronaves fretadas pela Câmara. Um privilégio que não estará ao alcance dos candidatos que não têm mandato.
O deputado federal Paes Landim não tem carro particular no Piauí. Ele também fica em Teresina hospedado em hotéis. E costuma viajar para São João do Piauí, sua terra natal, em avião fretado.
Os deputados já saem na frente na disputa eleitoral, porque não existe paridade de armas, como prevê a legislação eleitoral. Eles têm vantagem de ter despesas custeadas pela Câmara Federal, como uso de avião, carros, telefone, assessores, e escritório, bancados pelo dinheiro público.
Segundo o Correio Brazili-ense, uma alteração nas normas da Câmara abriu uma brecha para que essas despesas aumentem. Até o início do ano passado, os deputados contavam com uma verba de R$ 90 mil por semestre, em média R$ 15 mil por mês, para as despesas com divulgação, consultoria, escritórios, material de expediente, locomoção, gasolina e aluguel. Foi quando estourou o escândalo das passagens aéreas. Os deputados utilizavam as sobras de suas cotas para pagar passagens de familiares e apadrinhados, inclusive para o exterior.
A Câmara terminou com essa despesa específica e criou uma cota única para todo tipo de gasto, incluindo ainda telefonemas e correio. Em média, cada deputado ficou com cerca de R$ 180 mil por semestre para gastar. Nos estados mais distantes de Brasília, a cota é maior, porque as passagens aéreas são mais caras. Mas alguns exageram e aplicam até 90% dessa verba no aluguel de aviões.
Fonte: Diário do Povo