quarta-feira, 14 de outubro de 2009

É FELIZ QUEM VIVE AQUI

Mais de meio milhão de piauienses não sabem ler nem escrever. O problema é que muitos dos demais 3 milhões até sabem ler e escrever, mas não conseguem interpretar textos e/ou realizar operações matemáticas simples, fazendo com que o Piauí continue sendo o Estado de iletrados que assombra sua história e constrange seus governantes.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta um dado alarmante e preocupante no paupérrimo Piauí. Dos seus quase 3 milhões de habitantes, em condições de ser alfabetizados, 563 mil são analfabetos, um percentual que chega a 24,37% com potencial de estudo, segundo os dados tabulados pelo Ministério da Educação.
O alarmante despreparo das autoridades públicas ligadas à área de educação e da falta de visão de que só através dela haverá um maior senso crítico e mais desenvolvimento refletem no fato de o Piauí ser o penúltimo estado em porcentagem de analfabetos em relação à sua população. O Piauí só perde para Alagoas, que tem 25,72% da sua população analfabeta.
Sem falar que o Piauí é um dos estados que mais exportam analfabetos em busca de melhores oportunidades, não raras vezes sendo escravizados Brasil afora. Números como esses são escondidos ou “esquecidos” pelo governo.
O Piauí é um dos 11 estados, mais o Distrito Federal, onde o analfabetismo aumentou, nos últimos anos, principalmente em 2008. A diferença é que no DF - onde o índice é pequeno -, há o recebimento de muitos nordestinos analfabetos, segundo o gerente do projeto de erradicação do analfabetismo de Brasília.
Quanto ao Piauí, ele exporta anualmente os que já tem. Mesmo assim, permanece com o índice alto. Uma produção que deixa impressionado quem observa índices de países africanos. Os Estados que possuem a menor porcentagem de analfabetos são Rio Grande do Sul (4,98%); São Paulo (4,74%); Rio de Janeiro (4,45%); Santa Catarina (4,39%); Distrito Federal (3,99%) e Amapá (3,76%).
Não estranha que sejam escandalosos os números do analfabetismo no Piauí, onde a Universidade Estadual tem o pior curso de Pedagoria do país. (Com informações do Portal AZ)