domingo, 22 de novembro de 2009

Jogando Para a plateia

Servidor da Caixa Econômica, há muito tempo trabalhando com números, o governador do Piauí, Wellington Dias misturou as coisas. Acha que a contagem que se faz com dinheiro é a mesma para votos. Em política, as contas são feitas diferente. Ele sabe disso, mas joga para a plateia quando diz que a soma dos quatro candidatos da base é suficiente para eleger o seu sucessor, por ele indicado. Ora, todo mundo sabe que, transferência de votos é a coisa mais difícil do mundo. Uma cosia é você votar em Fulano, a outra em quem ele indicar. O eleitor faz essa diferença com a maior tranquilidade. Por isso, a matemática do governador para a sucessão está totalmente equivocada. Dizer que vai ganhar a eleição só porque a soma dos percentuais dos candidatos da base supera o de oposição é tentar enganar a si mesmo. Num cálculo desse, é preciso que se veja a rejeição de cada, a mudança do nome e, quem sabe, a debandada que fatalmente ocorrerá, gerada pela insatisfação de quem for preterido. Ainda que o candidato permaneça na base e tente convencer seus amigos e eleitores, pelo menos uma boa parte não votará em outro aliado, preferindo a oposição. É uma espécie de vingança natural na política. Isso histórico e vem do começo do mundo.
Caso de polícia
O concurso da Polícia Rodoviária Federal do Brasil virou caso de Polícia. Já foi anulado uma vez. Agora, corre o risco de ser de novo. Descobriram que cerca de 50 pessoas sabiam do gabarito. São os 35 primeiros colocados do Rio, mais 20 de outros estados. Querem anular apenas para aos flagrados no esquema fraudulento. Mas quem garante que outros aprovados também não tiveram acesso? O concurso está contaminado. O correto é anular mais uma vez.
(Por Pedro Alcântara)