E o aeroporto internacional, ó!

A Receita Federal e a Polícia Federal cogitam retirar os serviços de alfândega e imigração do aeroporto de São Luís. Se isso acontecer, o aeroporto perderá a sua condição de internacional. A informação está na coluna “Holofote”, da revista Veja, em sua edição desta semana. De acordo ainda com a nota, os funcionários dos serviços federais estão desocupados há nada menos de 16 meses, quando a cidade recebeu o último voo comercial do exterior. Desde então, não pousam em São Luís nem aviões particulares provenientes do estrangeiro.

Ora, o que nós, do Piauí, temos a ver com isso? Tudo. Como se sabe, há sete anos o Governo do Piauí vem propalando que três aeroportos do Piauí chegariam à condição de internacional: os de Teresina, Parnaíba e São Raimundo Nonato. Há sete anos é a mesma cantilena e nada disso acontece.
Quando, em alguns momentos, os governantes foram criticados em seus delírios e em sua propaganda enganosa paga com recursos públicos, a reação de alguns deles foi raivosa e furiosa. Mas quem é que, como o mímino de informação, é obrigado a acreditar em falsas promessas? E quem deve se intimidar diante de bravatas de faroleiros?
Em matéria de infra-estrutura, organização e divulgação do turismo, o Maranhão está bem à frente do Piauí. Mesmo assim, corre o risco de ver o aeroporto de São Luís perder a sua condição de internacional, por falta voos. Dificilmente isso ocorrerá, pois o Estado tem expressão política. Mas o risco existe.
Em relação ao Piauí, o que esperar? Só mais engodo. Apenas isso. Onde estão os voos carregados de turistas europeus que pousariam em Parnaíba? Eles não vieram. O que se tem visto é o governador Wellington Dias viajando com frequencia para o exterior, levando sempre muitos assessores, às custas do erário, sem que até hoje essas viagens tenham apresentado resultados concretos para o Estado.
Enquanto isso, o Piauí não assistiu nenhum dos seus aeroportos ser transformado em internacional. E não é agora, faltando pouco tempo para o governo acabar, que isso vai acontecer.
(Por Zozimo Tavares)