O jornalista Zózimo Tavares tinha razão. No dia 29 de junho passado, em artigo publicado no jornal Diário do Povo, afirmou que nada adiantaria o governador Wilson Martins barrar, via redutor salarial, aumentos para servidores do executivo acima do seu salário, pois teria que voltar atrás via justiça.
Na época, o governador alegava que o estado estava passando por aperto financeiro, logo fazer reajuste exorbitante atentava contra a maioria dos servidores que tiveram um aumento de apenas 7%. Sem falar que estava satisfeito com o salário de R$ 12.500 que ganhava.
Não é que agora o próprio governador - sem sequer a justiça ter decidido - está enviando para a Alepi um projeto que reajusta o salário dele e dos cargos de primeiro escalão num percentual de 32%, quando a inflação dos últimos 12 meses atinge cerca de 7%. Com isto Martins passa a ganhar R$ 16.500,00 e o vice, Morais Sousa Filho, R$ 14.850,00.
Como se pode constatar Zózimo tinha razão. A estória do redutor em nada valeria. A explicação do líder do governo na Alepi, Kleber Eulálio, de que o aumento de 32% é para ajustar a remumeração com as categorias que ganham acima do salário do governador não convence, pelo contrário, proporciona um efeito cascata no primeiro escalão da administração estadual.
Com o aumento de 32% no salário do governador e do vice, os salários dos demais integrantes do primeiro escalão que correspondem a 70% do valor do chefe do executivo sobem de R$ 8.750,00 para R$ 11.550,00.
Os deputados estaduais, com certeza, aprovarão sem qualquer restrição, afinal já foram contemplados em fevereiro passado, quando assumiram seus novos mandatos com salários já aumentados para R$ 22 mil.
Como diz o Arimatéia Azevedo, acaba não mundão!
Fonte: Acesse Piauí
