segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Piauí piora com senadores e deputados federais 100% governista

Bancada federal não consegue liberar emendas para o Piauí
O fim do ano se aproxima e, até agora, a bancada do Piauí não conseguiu liberar uma só emenda parlamentar ao orçamento federal para este ano. Este ano, as emendas coletivas e individuais dos deputados federais e senadores somaram R$ 190 milhões. Cada parlamentar apresentou emenda no valor de R$ 12,5 milhões. As 13 emendas individuais da bancada totalizaram R$ 162,5 milhões. Foi assinada uma emenda de bancada no valor de R$ 30 milhões, a pedido do governador Wilson Martins, para a reforma e ampliação da Maternidade Dona Evangelina Rosa.
A maioria das emendas individuais dos senadores e deputados federais foi destinada à construção, recuperação e manutenção de estradas em seus redutos eleitorais. Geralmente, os recursos orçamentários começam a ser liberados nos primeiros meses do ano. Em 2011, a presidente Dilma, a pretexto de controlar os gastos públicos, segurou os repasses de verbas até para manutenção de órgãos federais nos Estados.
A mídia nacional noticiou no final de semana que o governo federal, com votações difíceis a enfrentar no Congresso Nacional neste fim de ano, decidiu afrouxar sua política de controle de despesas e liberar dinheiro para o início de obras e outros projetos dos ministérios.
Pela primeira vez, desde fevereiro, quando foi anunciado o pacote de ajuste fiscal, o Executivo desbloqueou verbas para gastos não obrigatórios - entre os quais estão os incluídos por deputados e senadores no Orçamento por meio de emendas parlamentares.
Claro que o Piauí não é o único Estado com emendas orçamentárias retidas em Brasília. Mas chega a ser curioso que não tenha sido liberada para o Estado uma só emenda durante todo o ano. Afinal, a bancada piauiense, composta de três senadores e dez deputados federais, se não é a única, é uma das poucas do Brasil que é 100 por cento governista. É uma bancada que vota de olhos fechados com o governo. E a troco de quê?

Por Zozimo Tavares