domingo, 22 de janeiro de 2012

Como FHC, Dilma injeta BNDES na privatização

Devagarinho, o governo vai convertendo em pantomima o discurso antitucano do PT. Sob Dilma Rousseff, Brasília mimetiza a gestão FHC. Reproduz na prática o que o petismo critica na teoria.
Primeiro, Dilma decidira entregar à iniciativa privada aeroportos que o Estado não consegue gerir. Vão ao martelo as instalações de Brasília, Guarulhos e Campinas.
Agora, Dilma autoriza o bom e velho BNDES a imprimir suas digitais na operação. Em nota, o bancão oficial informou: vai financiar as concessões dos aeroportos em até 80%.
Quer dizer: a exemplo que que ocorrera na administração tucana, as privatizações petistas farão escala nas arcas do Estado. O apelido é outro: concessão. O modelo, idêntico.
No total, Campinas exigirá investimentos de R$ 8,71 bilhões. Guarulhos, R$ 4,66 bilhões. Brasília, R$ 2,83 bilhões. Tudo isso com o empurrão dos 80% da Viúva.
Nas pegadas da novidade, o governo anunciou o repasse de novos R$ 10 blilhões ao BNDES. Para prover a verba, o Tesouro foi autorizado a emitir títulos públicos. Com isso, completou-se o repasse de R$ 55 bilhões autorizado no ano passado.
Nos últimos três anos, o Tesouro derramou no BNDES notáveis R$ 235 bilhões. O dinheiro jorra à margem do Orçamento da União, sem a fiscalização do Legislativo.
Sob o discurso histriônico do PT, o governo petista desenvolveu um método eficaz de cooptação. Por baixo, compra o apoio de congressistas com cargos e verbas. Pelo alto, contrata a simpatia da plutocracia com empréstimos companheiros.
Fonte: Josias de Souza