A
decisão da Presidenta Dilma em investir R$ 10 bilhões em creches e no
reajuste do bolsa família para crianças a partir de 0 a 6 anos, merece
uma análise criteriosa e de responsabilidade para com os dinheiros
públicos.
Queira
ou não a Presidenta, a oposição vai entender que a benesse chega na
véspera de mais um pleito eleitoral. Se o Bolsa Família já é visto como a
compra disfarçada do voto do pobre faminto e desempregado, em véspera
de eleição, fica a suspeita do jogo político do governo, na busca de
garrotear cada vez mais o voto do pobre dependente do bolsa família.
Claro
que a criação de milhares de creches, vai ajudar na alimentação e
formação do cérebro da criança pobre, mas, poderia ser feito por outro
caminho que não esse da troca do benefício deixando a suspeita da compra
de voto.
O
governo bem que deveria acompanhar as crianças beneficiárias do bolsa
família, muitas delas, estão abandonadas e vivendo na miséria e sem a
alimentação adequada por irresponsabilidade dos país, que desviam o
dinheiro do beneficio para outros vícios e finalidades inerentes ao
cuidado da criança.
Já
existem casos comprovados do pai empenhar o cartão do bolsa família, na
bodega da esquina, na mistura da compra da bebida, do cigarro e de
produtos outros que não a alimentação da criança. No dia de sacar o
beneficio o bodegueiro acompanha para tirar o valor empenhado no caderno
da bodega no caixa de bancos ou de lotéricas. Um fato verdadeiro que
merece a fiscalização com rigor e acompanhamento da Polícia Federal.
Melhor
do que o Bolsa Família, seria em cada escola do próprio bairro, criar
uma ala ou salas de creches, pois, o próprio Ministro Mercadante dizia
ontem à imprensa, que cada Prefeito demora de 1 a dois anos para
construir uma creche, o que é uma vergonha. Prá que construir creches
se já existem as escolas dos bairros, que podem perfeitamente reservar
uma ou duas salas para creches?
O
país precisa e com urgência, implantar o modelo de escola de tempo
integral, cuidando da criança a partir dos dois anos, na escola de
qualidade e de primeiro mundo, com creches, jardim, alfabetização,
ensino fundamental e médio. Quem conhece a estrutura das escolas dos
bairros nas capitais e cidades do interior, sabe, que, dá, para perfeitamente,
se implantar a escola de tempo integral, no mais revolucionário projeto
de educação, acabando com o bolsa esmola e cuidando da criança e do
adolescente, com assistência médica, odontológica, psicológica e de
fonoaudiologia, com dignidade. Essa é indiscutivelmente, a orientação
educacional que falta em nosso país, escola de qualidade no mesmo nível
das escolas dos filhos dos ricos.
Enquanto
o país não implantar o ensino de tempo integral, não acabaremos com a
deliquência infantil e com a marginalidade na adolescência.
Já
somamos 8 anos do bolsa família no governo Lula, agora vamos para mais 4
anos no Governo Dilma, e, para a decepção do povo brasileiro que paga a
conta, nada tem melhorado nas camadas mais pobres da sociedade
brasileira. Continuam famintas, desempregadas e na miséria. Com
certeza, a escola de tempo integral, começará a cuidar da criança a
partir dos dois anos, num projeto moderno de ensino e alimentação da
criança pobre como se faz nos países de primeiro mundo. O Brasil,
infelizmente, continua sendo mal governado especialmente no campo
educacional.
Por Tomaz Texeira