quarta-feira, 29 de setembro de 2010

UM ANO SEM ALBERTO SILVA DEIXA O PMDB SEM NORTE, SEM UNIÃO E SEM GOVERNADOR

O PMDB prestou ontem em sua sede, uma homenagem ao ex-governador Alberto Silva, pela passagem do seu primeiro ano de morte, com uma missa em ação de graças. Muitos compareceram. Os dirigentes do partido mandaram exibir na cidade outdoors com o slogan “Um ano sem Alberto Silva.”

Na sede do partido, uma missa reuniu a família pmdbista, mas já se sente a falta daquele clima de união partidária. O PMDB sem Alberto Silva tem perdido muito espaço, falta gente a altura para substituí-lo no comando do partido com a mesma altivez e sobretudo, com voz de comando. O carisma muito o ajudou.
As eleições de domingo vai finalmente mostrar o que realmente ficou do PMDB sem Alberto Silva e sem Mão Santa. Os dirigentes do partido, capitaneados pelo deputado Marcelo Castro, estão fazendo esforços para que o partido se mantenha bem na Câmara Federal, com dois ou três deputados federais e quem sabe, mantendo a bancada de seis deputados estaduais. Sem candidato a governador o partido montado organizado por Alberto Silva, ganhou três eleições para governador, uma com Alberto e duas com Mão Santa.
Manter a unidade do PMDB em nome de uma nova era, sem Alberto e sem Mão Santa, será a difícil missão do Presidente Marcelo Castro, que terá que ter muito jogo de cintura para manter o restante que ficou do PMDB. Sem candidato a governador, o partido a exemplo do antigo PFL, vai perdendo espaço na preferência do eleitor que começa a votar em outra sigla e isso não deixa de enfraquecer a potente sigla PMDB.
O PMDB já não tem seu articulador maior. Alberto Silva daqui pra frente será sempre lembranças, saudades de uma liderança que sabia comandar e fazer as alianças, todas saídas de sua cuca e por três vezes vitoriosas. Agora é alimentar o sonho de que o partido tenha uma liderança capaz de resgatar o conceito de sua história de lutas memoráveis, como aquela pelas diretas já, um marco histórico dos pmdbistas.
Em um ano sem Alberto o PMDB já não é o mesmo, precisa recuperar suas forças para pelo menos tentarem segurar a sigla que sempre foi a mais querida do eleitor piauiense. Agora é esperar se esse barco vai continuar à deriva ou se será levado para porto seguro.
Por Valdeci Farias