domingo, 7 de agosto de 2011

Novo 'Planeta dos macacos' coroa a era dos primatas digitais no cinema

Não dá para negar a evolução dos macacos em Hollywood desde que "King Kong" aterrorizou o público pela primeira vez em 1933. Naquela época, o rei dos primatas era uma marionete coberta de pelos. Nos antigos filmes da série "Planeta dos macacos", os símios eram interpretados por atores fantasiados. Hoje é tempo de macacos digitais.
O longa-metragem "Planeta dos macacos: a origem", que estreou nos cinemas dos Estados Unidos nesta sexta-feira (5), apresenta chimpanzés, gorilas e orangotangos criados a partir de movimentos e expressões faciais de atores humanos, que são gravados digitalmente e então transformados em animação no computador. O resultado são primatas fotorrealistas.
A tecnologia é a mesma utilizada no gorila gigante de Peter Jackson no remake de 2005 de "King Kong". Andy Serkis, o ator que encarnava a criatura no filme de Jackson, aliás, é o mesmo que interpreta o chimpanzé protagonista do novo "Planeta dos macacos".
Serkis - que também viveu o personagem Golum, na série "O senhos dos anéis" - afirma que a tecnologia faz com que a experiência no set seja mais autêntica, especialmente quando precisa contracenar com o restante do elenco, que inclui James Franco, Freida Pinto e outros.
"[A versão original] tem realmente uma aparência fenomenal e icônica, mas eles tinham de se mover de um jeito falso e dar toda sua energia só para dar a impressão de vida àquelas máscaras de borracha", comenta Serkis, em referência aos atores do primeiro "Planeta...", vencedor do Oscar de melhor maquiagem na época.
Rick Baker é o 'rei' das máscaras do cinema
O mestre das fantasias de gorilas de Hollywood é Rick Baker, cujos créditos aparecem no "Planeta dos macacos" de TIm Burton, na versão de 1976 de "King Kong" e no drama de 1988 "Na montanha dos gorilas", estrelado por Sigourney Weaver. Baker também foi indicado ao OScar por "Poderoso Joe", de 1988, e "Greystoke: a lenda de Tarzan", de 1984.