sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Brasil é muito caro para receber turistas, diz leitor (Dieter Brodhun) da folha de São Paulo

Em 1987, levei um executivo de um grande banco americano para almoçar em uma churrascaria sem grife no centro da cidade.
Ao chegar no escritório ele ligou para a esposa, disse que comera um "barbecue" com acompanhamento por US$ 2.
Hoje, num hortifruti em Botafogo (bairro de classe média) mangas podiam ser compradas por R$ 3,75 o quilo (ou seja US$ 2,10). Um café expresso no mesmo local me custou R$3,10, que pode ser saboreado em Lisboa por € 0,50 (R$ 1,15).
O presidente da Embratur, Flávio Dino (PC do B-MA), anunciou a abertura de 13 escritórios no exterior para promover o turismo no Brasil e enfatizou que o Brasil precisa evitar a todo custo a fama de país caro. 
Com o nosso nível de preços, poderemos atrair o turismo de aventura de alto nível com emoções fortes como atravessar a Cinelândia com três prédios desmoronando, andar de caiaque nos rios das serras de Nova Friburgo e Teresópolis, ou ainda transitar pela marginal do Tietê, em São Paulo, em carros sem snorkel numa tarde de chuva intensa.
Quem sobreviver poderá descansar nas praias de Búzios (RJ), chupando picolé de fruta por R$ 7 ou degustando um prato de aipim frito por R$ 35.
Tenho certeza que, depois de pagarem R$ 84 por uma corrida de táxi até o Aeroporto do Galeão, sem serem assaltados no caminho, voltarão sempre.