quinta-feira, 28 de junho de 2012

BC baixa de 3,5% para 2,5% previsão de crescimento do PIB em 2012

O Banco Central informou nesta quinta-feira (28), por meio do relatório de inflação do segundo trimestre, que a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano recuou de 3,5% para 2,5%.
Se confirmada a estimativa do BC, será o valor mais baixo desde 2009, quando a economia brasileira sentiu os efeitos da primeira etapa da crise financeira. Naquele momento, houve uma queda de 0,6% no PIB. Em 2010, porém, o crescimento avançou 7,5% e, em 2011, cresceu 2,7%.
"A mudança na projeção de crescimento reflete, em parte, o fato de a recuperação estar se materializando de forma bastante gradual", informou a autoridade monetária por meio do relatório de inflação.
De acordo com a instituição, a economia tende a acelerar no segundo semestre deste ano, favorecida pelos "efeitos defasados e cumulativos das ações de política monetária" (cortes de juros já efetuados pelo BC desde agosto do ano passado) e "pelo impacto das medidas recentes de estímulo à atividade industrial e ao consumo".
A estimativa do BC para o PIB deste ano segue abaixo da previsão do Ministério da Fazenda, que está em 4%. No ano passado, o governo chegou a prever uma taxa de expansão da ordem de 5% para 2012. Nesta quarta-feira (27), o ministro Guido Mantega se comprometeu com um crescimento acima de 2,5% neste ano. Para os economistas do mercado financeiro, a taxa de expansão de 2012 será de 2,18%.
Para tentar combater os efeitos da crise financeira internacional, o governo tem anunciado uma série de medidas para impulsionar o consumo e, consequentemente, o PIB. Entre elas, estão a redução do IPI para linha branca (fogões, geladeiras e máquinas de lavar) e automóveis, além do corte do IOF sobre os empréstimos para as pessoas físicas.
Além disso, também foram liberados mais de R$ 50 bilhões em depósitos compulsórios neste ano, foi aberta uma linha de crédito de R$ 20 bilhões para os estados brasileiros e foi lançado um programa de compras governamentais de R$ 8,4 bilhões.
Fonte: O Globo