Claro que o governador Wilson Martins não vai querer entrar para a história como o "governo da recuperação e da reconstrução do Piauí". Fiel à pregação da campanha eleitoral, ele quer ficar conhecido como o governo que deu continuidade ao do antecessor, como o que levou adiante "um projeto".
Os primeiros seis meses de seu mandato mostram, porém, que dificilmente ele terá outro caminho a não ser o de recuperar os estragos feitos pelo seu antecessor e de reconstruir o que ficou para trás, sem a devida atenção do governo que sucedeu. Wilson Martins terá pouca margem de manobra para avançar.
Wilsão visitando destruida Potycabana, até parece que passou um terremoto
O atual governador pegou a Uespi (Universidade Estadual do Piauí), por exemplo, em petição de miséria. A instituição vive o seu pior momento, por falta de investimento nos últimos anos. E o que dizer da estadual de ensino? E da rede de saúde? Houve como que um desmonte das escolas e dos hospitais públicos do Piauí. E as estradas? E as dívidas? E os salários defesados?
O governador visitou todas essas obras e viu que a situação delas era mais grave do que ele imaginava. Por último, ele esteve no parque Potycabana. Determinou que ele também seja recuperado. Mas vai ter que começar do zero. Do que existia lá só restou mesmo o lugar. O mais foi destruído ou desapareceu.Feliz do governador se puder recuperar e reconstruir tudo isso durante seu mandato. Não são obras novas. São equipamentos que já existiam e o governo passado não teve capacidade nem de conservá-los. O governador demonstra senso de responsabilidade, quando se dedica a recuperar esses equipamentos, antes de se lançar à aventura de construir novas obras.
Como deixará, então, de ser reconhecido como o governo da reconstrução?
Fonte: Zozimo Tavares
